
Hoje as redes sociais estão inundadas de palavras emocionadas em homenagem ao mestre dos mestres. E eu tenho certeza que ele odiaria isso e sairia de fininho, com sua indefectível mochila nas costas, carregada de jornais e livros.
Mas ele que nos perdoe. Ele é o maior de todos. Ele é o homem que mudou a minha vida e a de centenas de jornalistas: Professor Doutor Dirceu Fernandes Lopes.
O jornalista premiado, o professor amado, o rei dos churrascos. O santista apaixonado. O militante aguerrido. O ser humano.
O cara que praticamente me pegou pela mão e me jogou com tudo no jornalismo. O mestre que fez isso comigo e com inúmeros profissionais. Ah, as cinco pautinhas que a gente devia levar para cada aula dele. Como isso mudou tudo. Os passeios, as conversas no corredor, os jornais e livros dados de presente num encontro casual.
“O jornalista vive de pastel e caldo de cana”.
“Todo jornalista devia ter uma foto de caveira em casa. Pra lembrar sempre que é isso que a gente vira um dia e segurar o ego”.
“ABRE A BOCA, JORNALISTA!”
A última vez que o vi, já estava debilitado. Tive o ímpeto de abordá-lo e agradecer por tudo, mas me contive. Que erro o meu.
Que haja um grande churrasco aí em cima para recebê-lo, mestre. Dirceu Fernandes Lopes, eterno!