Depois de um tempo sumido daqui, retorno porque o dia merece.
Política está no meu DNA. Uma das primeiras lembranças da minha vida é de uma campanha eleitoral: a de 1989. Eu tinha quase quatro anos, mas lá estava eu com meu pai numa carreata de um candidato a presidente.
No ano seguinte, mais política. Lembro como era mágico ganhar os brindes de campanha naquela época, sendo o mais cobiçado um catavento, símbolo da campanha de um governador. Ali, aprendi a primeira lição: meu pai erra ferrenho defensor do oponente, mas foi atrás e me arrumou o bendito catavento do rival.
Depois, lembro de 1992, onde enchi o saco pra ganhar um adesivo de um candidato a prefeito.
Passaram-se os anos e a paixão por esse meio só aumentou. Tudo isso graças a meu pai, o cara mais apaixonado por política que já conheci. E que nunca disputou cargo público.
Cresci, passei a ter minhas convicções. Mas nunca esqueci o que ele me ensinou: política é diálogo. Nunca conflito.
Por isso, sempre achei o dia de eleição muito especial. Sempre esperava com alegria e esperança essa data. Mas confesso que hoje o sentimento é um tanto diferente.
Hoje é mais que uma eleição. É um dia de compromisso. Um dia que, se fizermos escolhas erradas, pode demorar muitos anos para terminar.
Não vou sugerir voto em A nem B. Apenas peço que pense, reflita. Urna é um depósito de esperança, não de ódio, rancor ou vingança.
Estamos todos no mesmo barco. Quem for eleito não vai tomar decisões que só afetam você. Vai tomar decisões que afetam todos nós.
Que o Brasil saia ainda mais democrático e plural desta eleição. E que daqui a quatro anos possamos novamente exercer esse sagrado direito. Seja você de direita, centro, esquerda, capitalista, comunista, neoliberal ou até anarquista. Vida longa à Democracia.