Na noite do último dia 10 o Brasil ficou às escuras. Um apagão causado por uma forte tempestade em uma subestação de energia paralisou os trabalhos da Usina de Itaipu, na divisa do Paraná com o Paraguai, deixando quase 18 estados do País à luz de velas.
Mas o que pouca gente sabe é que um dos primeiros locais no Brasil a ter a luz restabelecida naquela noite escura foi Cubatão, cerca de 90 minutos após o início do apagão. E a grande responsável por isso foi a Usina Hidrelétrica Henry Borden, localizada no município, que entrou em operação em caráter emergencial.
O complexo Henry Borden, localizado no sopé da Serra do Mar de Cubatão, é composto por duas usinas de alta queda (720 metros), denominadas de Externa e Subterrânea, com 14 grupos de geradores acionados por turbinas Pelton, perfazendo uma capacidade instalada de 889 Megawatts, para uma vazão de 157 metros cúbicos por segundo. Desde outubro de 1992, a operação desse sistema vem atendendo às condições estabelecidas por uma resolução, que só permite o bombeamento das águas do Rio Pinheiros para o Reservatório Billings para controle de cheias, reduzindo em 75% aproximadamente a energia produzida em Henry Borden.
De acordo com informações da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), o sistema elétrico brasileiro é interligado. A atuação primeira da Usina Henry Borden foi ajudar no restabelecimento global do sistema. Em seguida as linhas que alimentam as subestações de distribuição das cidades da Baixada Santista foram gradativamente religadas, conforme orientação do Operador Nacional do Sistema – ONS.
O fornecimento por parte da usina durou o tempo necessário para o restabelecimento pleno do sistema elétrico nacional. Em Santos, por exemplo, local não atendido pela Usina, o fornecimento de energia elétrica só voltou ao normal por volta das 3 horas da manhã de quarta-feira.
História – Quem vê o famoso aquaduto descendo pela serra e a casa de máquinas no alto não imagina que dentro da rocha há uma outra usina. Segundo informações do jornalista Carlos Pimentel Mendes, do site Novo Milênio, a estratégia vem da época da construção do complexo, marcada por grandes guerras. Pensou-se na seguinte hipótese: se a usina externa fosse destruída por um bombardeio, o abastecimento elétrico do pólo industrial de Cubatão e da capital paulista continuaria garantido, além do custo construtivo e de manutenção ser bem menor.
Os responsáveis pela obra da usina e da represa foram o engenheiro Asa White Kenney Billings e Henry Borden, cujos nomes foram depois perpetuados no nome da represa e da usina.
O complexo é composto de seis grupos geradores, instalados no interior do maciço rochoso da Serra do Mar, em uma caverna de 120 metros de comprimento, 21 de largura e 39 de altura, cuja capacidade instalada é de 420 megawatts. O primeiro grupo gerador entrou em operação em 1956.
Com a modernização do sistema de distribuição de energia, atualmente, a Usina serve basicamente às suas próprias atividades. Somente em ocasiões extraordinárias, ela atende à Cidade, caso da última semana. Quando olhar para a Serra do Mar, agradeça a Henry Borden.
nossa que legal,eu nasci ai em cubatão morava na vila natal mas agoro eu moro em tres lagoas-ms!!!
que legal!!!!