No último final de semana, os cubatenses e a Baixada Santista ficaram em alerta. Um possível caso de morte por Influenza H1N1 (a famigerada gripe suína) envolvendo um estudante de medicina que nasceu na Cidade deixou a todos preocupados. Estamos preparados para uma eventual epidemia da doença em Cubatão?
Infelizmente, acredito que não. Se depender do que vi e passei no início da semana passada no Pronto Socorro Central, é melhor botar as barbas de molho e caprichar na vitamina C.
No domingo (19), comecei a passar mal após chegar em casa. Havia passado o dia fora e já estava gripado, mas acabei tomando chuva e comecei a ter febre forte. Na segunda de manhã, procurei o Pronto Socorro Central para passar pelo médico. Afinal, todo cuidado é pouco e, além da febre, estava sentindo dores nas articulações, um dos sintomas da gripe suína.
A entrada do centro de saúde é uma maravilha. Cadeiras confortáveis, café, água e uma bela TV de plasma (que deve ter custado uma fortuna) à nossa disposição. Tudo isso até o preenchimento da ficha de chegada.
Após esse procedimento, e relatando os sintomas que apresentava, fui encaminhado para a parte interna do PS, junto com os outros pacientes. Era um festival de tosses e espirros, em meio a pessoas que procuravam a unidade à procura de outros tratamentos, como curativos e atendimentos pediátricos. Ou seja, um festival de troca de bactérias e vírus. Que saudade da sala com TV de plasma…
Após 40 minutos de espera, fui atendido por um médico que se olhou 5 segundos para mim foi muito. Apenas perguntou o que sentia e leu a medição da minha pressão, feita por uma enfermeira. Mesmo contando os sintomas, ele apenas olhou minha garganta, indicou uns comprimidos e xaropes e pronto. Tempo total de atendimento: 2 minutos. Ah, a consulta foi feita com as portas abertas, com outros pacientes em pé, na fila observando o meu relato. Não pude deixar de observar que em cima da mesa do médico, havia um folheto disponibilizado pela Prefeitura com todos os sintomas e como agir em casos suspeitos de gripe suína, material solenemente ignorado pelo profissional de saúde.
Uma semana depois, estou melhorando. Quando já me sinto aliviado, leio que o velório do jovem com caso suspeito de gripe suína foi feito em uma sociedade de melhoramentos e os parentes que mantiveram contato com a vitima não foram isolados, mesmo com todas as recomendações do Ministério da Saúde para tal situação.
Como em todo velório, fontes que estiveram no local me contaram que, obviamente, não faltaram abraços e conversas com os familiares, inclusive por parte da prefeita, presente ao local. A justificativa de tal procedimento, por parte do secretário de saúde: “as circustâncias para a família são dolorosas e os parentes estariam impedidos de acompanhar o velório e o sepultamento do rapaz”. Doloroso será tratar de tantos infectados, pois foram propiciadas todas as condições para uma epidemia da gripe A na Cidade.
Se isso acontecer, do jeito que vi o atendimento no Pronto Socorro Central, é bom começar a rezar.
Detalhe do jovem que morreu morava em Santos ,foi velado em Cubatào detalhe com grande risco de pandemia para nossa cidade pq varias pessoas o visitaram antes da sua morte são da cidade.
Olá, Allan!
Te achei aqui por acaso…
Essa gripe suína está mesmo tirando o sossego de muita gente.
De um lado, os oficiais dizem que é uma gripe comum e que requer, sobretudo, cuidados com a higiene!
De outro, a população se sente alarmada, principalmente por saber que se passar mal ou tiver suspeita da nova gripe, enfrentará maus e frustrantes momentos em unidades de saúde.
Legal o espaço aqui!
Abração e bons ventos a você!
eLi
Caro Eli, tudo bem?
Bom te encontrar por esses espaços virtuais! Volte sempre!
Aliás, seu blog já está entre os que indico. Um forte abraço!