Neste post, a situação em que se encontra a Praça Portugal, um dos símbolos de Cubatão, e dois veículos abandonados no estacionamento de uma das principais delegacias da Cidade.
Antes, no entanto, quero agradecer as manifestações e o apoio de vários colegas. Se tem uma coisa que honro como jornalista é não ficar calado frente às injustiças e à impunidade.
Cubatão tem um papel fundamental na vida econômica do Brasil e é o lar de mais de 120 mil pessoas, que não merecem viver em uma cidade mal cuidada, um elefante branco que poderia ser uma potência do turismo ecológico e de negócios.
Infelizmente, falta vontade política de nossos governantes. É torcer para que os próximos quatro anos sejam melhores, pois pior do que está não pode ficar.
Praça Portugal – Centro
Para quem está na Avenida Nove de Abril e vê a imponente estátua de Camões, a praça até parece que está bem cuidada. Mas quem vem da Prefeitura se depara com um local que parece que foi abandonado pelo poder público.
O que espanta é que é nesse logradouro que está instalada a Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento (Cursan), uma das principais autarquias municipais, responsáveis, vejam, por serviços de reparo e manutenção de equipamentos públicos.
O local que recebeu autoridades portuguesas no dia de sua inauguração e que buscava reproduzir a cidade lusitana de Aveiro hoje parece um campo de futebol, pois o mato alto entre os ladrilhos não é cortado há tempos.
A região também virou ponto de encontro de moradores de rua, que fizeram do trecho um dormitório à noite.
Lembre-se: tudo isso acontece ao lado da sede da Cursan, que fica atrás das pinturas que aparecem na imagem acima.
Também há postes que tiveram sua fiação cortada e que ainda não foram repostos. Isso contribui com a falta de iluminação da praça à noite, o que representa um perigo para quem passa ali, principalmente estudantes do Senai e da escola Afonso Schmidt.
Para completar, uma das saídas da Cursan, que justamente dava acesso à parte abandonada da Praça Portugal, foi fechada com toras de madeira, que por sinal estão apodrecendo (segunda foto acima).
Fui até o site da Cursan para procurar alguma foto a fim de comparar com real situação do local que a abriga. Mas a página eletrônica não tem imagens, nem é atualizada há mais de um ano. Pelo jeito, não é só a Praça Portugal que foi esquecida…
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Delegacia Sede / 1º DP de Cubatão – Sítio Cafezal
Nestas minhas andanças pela Cidade, tenho visto muita coisa. Mas a situação a seguir me deixou, no mínimo, impressionado. Dois montes de ferrugem que já foram veículos estão “estacionados” na sede do 1º Distrito Policial de Cubatão, no Sítio Cafezal (próximo ao Cemitério Municipal).
O primeiro parece ser um Chevette preto, pintado como viatura de polícia, a serviço do Departamento de Policia Judiciária do Interior (Deinter). O veículo não tem placas, mas possui a identificação 3º DP de Cubatão – 10067. Apenas duas portas ainda se mantêm presas ao carro e todos os pneus estão murchos. A ferrugem já comeu uma boa parte da lataria e toda a estrutura está coberta por limo e folhas secas.
Já o outro automóvel está em pior situação. O Diplomata branco que hoje é um reservatório de ferrugem e sujeira já transportou pacientes e internos da Casa da Esperança de Cubatão, reconhecida entidade que cuida de crianças portadoras de necessidades especiais.
Um logotipo do Rotary Club de Cubatão na lataria indica que o carro foi doado por esta organização.
O veículo ainda está com placa, mas ela está ilegível e retorcida. Os bancos foram removidos e deixados no interior do carro. Apenas está intacta a sirene, que por diversas vezes deve ter tocado nas ruas cubatenses, anunciando a nobre missão deste veículo.
O motivo que faz com que as duas viaturas estejam repousando em paz em uma delegacia é um mistério, afinal o que não falta em Cubatão são depósitos de ferro-velho. Talvez estejam fazendo o papel de monumentos, que muito bem representam a situação da segurança e da saúde em nosso País.
No próximo post, o abandono em que se encontra o anfiteatro do Parque Anilinas, local que já recebeu concertos de orquestras e inúmeros eventos culturais, mas que hoje nem ao longe lembra os seus anos de glória.